sábado, 27 de agosto de 2011

SANTA MÔNICA - 27 DE AGOSTO - PADROEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DAS MÃES CRISTÃS








Santa Mônica nasceu no ano de 332 e foi a mãe do nosso grande Santo Agostinho.


Os pais de Santa Mônica, muito piedosos, confiaram-lhe a educação a uma senhora de grandes virtudes, ligada à família por íntima amizade.












 Embora branda e suave no modo de educar a menina, com firmeza aplicou os princípios sãos da pedagogia cristã, acostumando a educanda às práticas de uma mortificação prudente e moderada. Regra, cuja observação exigia e que por Santa Mônica era fielmente observada, era não tomar alimento de espécie alguma, a não ser na hora das refeições.



Apesar deste regime salutar, deixou-se Mônica levar por uma natural inclinação ao vinho.


Devido à sua sobriedade e espírito de mortificação, era ela de preferência mandada à adega, buscar vinho para a mesa. A ocasião de levar o precioso e saboroso líquido, era demais propícia, para que não fosse aproveitada pela menina.

Como não houvesse nenhuma reprovação da parte dos pais que, aliás, nada podiam suspeitar, Mônica adquiriu o costume de beber vinho.


Deus , porém , enfastiou-a de um hábito, que mui facilmente poderia ter-se transformado num vício pernicioso. Em uma daquelas contendas, que soem haver na vida familiar e entre a criadagem, Mônica foi ofendida por uma palavra mordaz de uma criada, a qual, num ímpeto de raiva, a chamou de beberrona, dizendo que não havia mais em casa que não soubesse das libações clandestinas.


Mônica, não tanto pela ofensa que sofrera, porém, mais pelo conhecimento do seu proceder incorreto, tomou a resolução de abster-se completamente do vinho, propósito que cumpriu rigorosamente.








Pouco depois, recebeu o santo Batismo, cuja graça conservou por toda a vida, pela pureza da fé e pela santidade de vida.

 Grande foi a sua caridade para com os pobres. Sabendo que era difícil conservar-se na graça de Deus, evitava os divertimentos profanos, fugia das ocasiões perigosas e desprezava as exigências e extravagâncias da moda.


Tendo chegado à cidade própria, os pais casaram-na com um cidadão de Tagaste, na África, de nome Patrício, que era filho de família ilustre, mas pobre, pagão e homem de sentimentos rudes.

O caráter indômito e violento do marido era para a esposa uma fonte de sofrimentos e provações, as mais duras.

Mônica sofreu tudo com paciência e mansidão, não respondendo a Patrício, senão por obras de uma caridade sem limites e pela oração. Longe de se queixar ou prestar ouvido às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias no lar, Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença.

Deus recompensou esta dedicação, tendo Mônica a satisfação de ver a conversão do marido.

Do seu matrimônio, Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio e uma filha Perpétua, que se fez religiosa. O mais velho, Agostinho, causou grandes amarguras à mãe, até que enfim, pela conversão e completa mudança de vida, se lhe tornou uma glória.














SANTO AGOSTINHO E SANTA MÔNICA












Embora não lhe deixasse faltar bons conselhos e apesar de o educar nos princípios da Religião Católica, a vivacidade, a inconstância e a volubilidade do filho inspiravam à boa mãe sérios cuidados e abriram-lhe uma expectativa pouco lisonjeira para o futuro do menino.

Por este motivo e temendo que perdesse a graça do Batismo, não o apresentou para ser batizado.

 Os fatos provaram como eram fundados os receios da mãe. Agostinho desde os verdes anos se inclinou para o mal e mais tarde se filiou à seita dos Maniqueus.


Dezessete anos contava Agostinho, quando perdeu o pai. Para continuar os estudos, dirigiu-se para Cartago. O Coração de Mônica sofreu atrozmente com as notícias desoladoras, que continuamente recebia do filho. Tão magoada ficou, que chegou a fechar a este a porta da sua casa.

Deus, porém, consolou-a em visões misteriosas, mostrando-lhe a futura conversão de Agostinho. Confortada desta sorte, consentiu que este tornasse a morar em sua casa e lhe assentasse à mesa.


Nem assim deixou de rezar constantemente pela conversão do filho e pedir a outros que o mesmo fizessem. Recomendou-o a diversos bispos, entre estes a um, que também tinha pertencido à seita dos Maniqueus.

Este muito a animou, dizendo-lhe: "O coração de teu filho não está ainda preparado, mas Deus determinará o momento. Vai e continua a rezar: é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".


De fato, soou a hora da conversão de Agostinho. Este que era a lente da arte retórica em Cartago, começou a conhecer os erros da seita dos Maniqueus e a experimentar nojo dos seus vícios. De Cartago dirigiu-se Para Roma e de lá para Milão, onde Santo Ambrósio era Bispo.


Sabendo do plano de seu filho, de ir para Roma, Mônica quis acompanhá-lo. Agostinho, porém, soube habilmente se furtar à companhia da mãe. Sem avisar, tomou um outro navio e quando ela chegou ao lugar do embarque, ele já havia partido.













SANTO AMBRÓSIO PREGANDO













 

Mônica sabendo da mudança do filho para Milão, seguiu-o e teve o consolo de ouvir de Santo Ambrósio, que o filho já se tinha convertido. Em 387 receberam Agostinho, seu filho Adeodato e o amigo Alípio o santo Batismo.


Agostinho resolveu então voltar, com a mãe para a África. Chegando a Ostia, disse-lhe ela: "Vendo-te hoje cristão Católico, nada mais me resta a fazer neste mundo".














Caiu em uma doença grave e morreu, tendo alcançado a idade de 56 anos. O Filho Agostinho, nas suas célebres "Confissões" , erigiu um monumento indelével à memória da santa mãe.






O Papa Alexandre III colocou o nome de Santa Mônica entre Santos da Igreja Católica. Sob o pontificado de Martinho V (1430) foi o corpo de Santa Mônica transportado para Roma e depositado na Igreja de Santo Agostinho.










A devoção a Santa Mônica tomou novo incremento pelo fato de ser ela declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs. De Santa Mônica podem as mães aprender o interesse que devem ter pela salvação dos filhos.









Santo Agostinho e Santa Mônica







 
Santa Mônica foi casada por acordo com um oficial pagão na África do Norte, que era muito mais velho que ela, e embora generoso, também foi temperado violento. Sua mãe viveu com eles e era igualmente difícil, que provou ser um desafio constante para St. Monica.














 Ela teve três filhos: Agostinho, Navigius e Perpétua. Através de sua paciência e orações, ela foi capaz de converter o marido e sua mãe para a fé católica em 370. Ele morreu um ano depois.


Perpétua e Navigius entrou na vida religiosa. Santo Agostinho era muito mais difícil, pois ela tinha que orar por ele durante 17 anos, pedindo as orações dos sacerdotes que, por algum tempo, tentou evitar por causa de sua persistência a este esforço aparentemente sem esperança.

Um padre foi consolá-la dizendo: "não é possível que o filho de tantas lágrimas pereça".


Este pensamento, juntamente com uma visão que tinha recebido, reforçou ela. Santo Agostinho foi batizado por Santo Ambrósio, em 387.




























Santa Mônica morreu mais tarde naquele mesmo ano, no caminho de volta para a África de Roma da cidade italiana de Ostia.





 

 



ALTAR TÚMULO DE SANTA MÔNICA






ALTAR TÚMULO

















ANTÍFONA DAS II VÉSPERAS:

SANTA MÔNICA, MÃE DE AGOSTINHO,
DE TAL MODO VIVIA NO CRISTO,
QUE, ESTANDO AINDA NO MUNDO,
SUA VIDA E SUA FÉ SE TORNARAM
O LOUVOR MAIS PERFEITO DE DEUS.



















ANTÍFONA DAS LAUDES:

VÓS A OUVISTES , Ó SENHOR,

E ACEITASTES SUAS LÁGRIMAS QUE,

DE TANTAS DERRAMADAS EM CONTÍNUA ORAÇÃO,

REGARIAM TODA A TERRA.

















SANTO AGOSTINHO E SANTA MÔNICA,
ORAI POR NÓS!














ORAÇÃO

Ó DEUS , CONSOLAÇÃO DOS QUE CHORAM,

QUE ACOLHESTES MISERICORDIOSO AS LÁGRIMAS DE SANTA MÔNICA

PELA CONVERSÃO DE SEU FILHO ,AGOSTINHO,

 DÁI-NOS, PELA INTERCESSÃO DE AMBOS,

CHORAR OS NOSSOS PECADOS E ALCANÇAR O VOSSO PERDÃO.

POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, VOSSO FILHO ,

NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.















SANTA MÔNICA, MÃE DE AGOSTINHO,
INTERCEDEI POR NÓS!































































































































 





 



























quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO - PADROEIRA DA TELEVISÃO






 












Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de Julho de 1194, e falecida em Assis, no dia 11 de Agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana.




Segundo a tradição, o seu nome vem de uma inspiração dada à sua religiosa mãe, de que haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo.




Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza.

Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.




Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente.

 Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.




O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro.

Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!".

Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.







Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o cálice com hóstias consagradas e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles.

Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre é que Santa Clara segura o cálice na mão.









Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito.

Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.




Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem os Fioretti de São Francisco.

 Escrito muito anos após a morte de ambos, é dificl atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.



Irmã Clara de Assis e as Senhoras Pobres








O estilo de vida de Francisco não poderia ser privilégio dos homens. Muitas mulheres escutavam sua pregação, observavam seu estilo de viver o Evangelho e também queriam essa oportunidade. Uma delas foi Clara.

Nasceu Clara em torno de 1193 em Assis, filha de Ortolana di Fiumi e Faverone Offreduccio.








 Recebera da mãe uma sólida religiosidade e do pai a força de caráter. Tinha mais três irmãs e um irmão. A caçula era Inês.

Francisco a conhecia de vista, pois em Assis todos se conheciam.

Admirava nela os longos cabelos dourados e seus olhos decididos. Quando queria uma coisa, era porque queria.




Aos 18 anos, Clara ouviu Francisco pregar os sermões da Quaresma na igreja de São Jorge, em Assis.

As palavras dele inflamaram tanto seu coração, que o procurou em segredo, pois também ela desejava viver "segundo a maneira do santo Evangelho".




Francisco lhe falou sobre o desprezo do mundo e o amor de Deus, e fortaleceu-lhe o desejo nascente de abandonar tudo por amor a Cristo.

Encerrou a conversa dizendo: "Quero contar-te um segredo, Clara: desposei a Senhora Pobreza e quero ser-lhe fiei para sempre".

Clara respondeu que "queria viver a mesma vida, a mesma oração e sobretudo a mesma pobreza".




Acompanhada de Bona di Gueifuccio, amiga íntima, para escutar Francisco passou a freqüentar a capela da Porciúncula. Estava decidida a viver o Evangelho ao pé da letra.

Mas, como sair de casa?

Francisco e os irmãos ensinaram-lhe o modo.




O dia 18/19 de março de 1212 era Domingo de Ramos. Rica e belamente vestida, Clara participou da Missa da manhã.

Não havia meio de sair desapercebida do castelo de seus pais, mas encontrou a única saída possível pela porta de trás do palacete: a saída dos mortos.

 Toda casa medieval tinha esta saída, por onde passava o caixão dos defuntos.




À noite, quando todos dormiam, a nobre jovem Clara de Favarone fugiu de casa por esse buraco, percorrendo uma milha fora da cidade, até chegar à Porciúncula, onde foi recebida com muita festa pelos irmãos franciscanos, que tinham ido ao seu encontro com tochas acesas e a acompanharam até à porta da igreja.






 





CLARA RECEBENDO O VÉU DE FRANCISCO











Ali se desfez das vestes elegantes e São Francisco, com uma grande tesoura, lhe corto os cabelos, causando-lhe dó cortar tão maravilhosa cabeleira.








Em seguida, deu-lhe o hábito da penitência: uma túnica de aniagem amarrada em volta por uma corda e um par de tamancos de madeira. Clara se consagrou pelos três votos: pobreza, obediência e castidade.




Os familiares, enfurecidos, foram procurá-la. Entrando na capela, viram Clara agarrada ao p do altar Puxaram-na com tanta força que arrancaram o véu, percebendo então a cabeça raspada Concluíram que nada mais poderiam fazer Não conseguiriam mudar-lhe a idéia.




Como Francisco não tinha convento para freiras, irmã Clara ficou alguns dias no mosteiro de São Paulo e algumas semanas no mosteiro beneditino de Panzo.




Por fim, recolheu-se a São Damião, numa casa pobre contígua à capela, onde ficou at sua morte em 1253.

Seguiu-a na vocação a irmã Inês, 16 dias depois, e mais tarde sua irmã Beatriz e a mãe Ortolana.




A obra tornou-se conhecida e diversas mulheres e jovens vieram fazer-lhe companhia.

 Ficaram conhecidas como as Senhoras Pobres, ou Irmãs Clarissas.

Em pouco tempo, havia mosteiros em diversas localidades da Itália, França, Alemanha.

Inês, filha do rei da Boêmia também fundou um convento em Praga, e ela mesma tomou o hábito.



As Senhoras Pobres e a pobreza










CLARA COM SUAS IRMÃS REZANDO PARA QUE DEUS PROTEJA ELAS E A CIDADE DE ASSIS DOS SARRACENOS
















Clara e sua comunidade praticavam austeridades desconhecidas entre as mulheres da época: não usavam meias, sapatos, ou qualquer outra proteção para os pés.

Dormiam no chão: a cama era um monte de baraços de videira e o travesseiro uma acha de lenha. Observavam a abstinência completa de carnes, e falavam apenas quando obrigadas pela necessidade e pela caridade.

Clara aconselhava o silêncio como meio de evitar os pecados da língua e de conservar a mente sempre concentrada em Deus. Jejuava tanto que Francisco teve de obrigá-la a não passar um dia sequer sem comer ao menos um pedaço de pão.

Clara mesmo percebeu seu exagero e mais tarde escreveu para Inês da Boêmia:

 "Nossos corpos não são feitos de bronze e nossas forças não são iguais à da pedra; por isso vos imploro, no Senhor, que vos abstenhais desse rigor excessivo da abstinência que praticais".




Como Francisco, Clara não aceitava qualquer propriedade.



Quando o Papa Gregório IX lhe ofereceu uma renda, Clara protestou veementemente, dizendo:

 "Eu preciso ser absolvida dos meus pecados, mas não desejo ser absolvida da obrigação de seguir a Jesus Cristo".

 Em 1228, o Papa lhe concedeu o "Privilégio da Pobreza". Tinha sido um pedido insistente de Clara.

Na Cúria romana, onde se pediam privilégios de títulos, propriedades, honrarias, causou até espanto alguém pedindo o "privilégio de ser pobre".

Clara e Francisco conheciam a alma do mundo e sabiam que qualquer exceção à regra da pobreza desencadearia sua negação. Francisco o exemplificou com o caso do livro que um frade queria ter: primeiro se quer um livro, depois mais livros, depois uma estante, vem uma biblioteca, segue-se uma casa para guardá-la e, adeus pobreza evangélica.




Mais tarde, em 1247, o papa Inocência IV queria impor às Senhoras Pobres uma Regra que de certo modo permitisse a propriedade comum. Preocupada, Clara mesma redigiu uma Regra, lembrada de tudo o que vira e aprendera com Francisco.

 E pede, por amor de Deus, que concedam ao Convento de São Damião o "Privilégio da Pobreza".

Esta Regra foi aprovada dois dias antes de sua morte, valendo o privilégio para São Damião. Para os outros conventos, permitiu-se uma espécie de propriedade comum.







Francisco e Clara, amizade de Santos






 




A obra de Clara estava sempre no coração de Francisco.


Muitas vezes ele enviou doentes e enfermos que ela conseguia curar à força de delicados cuidados.











Apesar de sua humildade, Francisco era obrigado a reconhecer a grande admiração que Clara e as outras irmãs tinham por ele. Era uma admiração espiritual, mas também humana.

Para evitar qualquer tipo de dependência e para deixá-las totalmente livres dele, passou a visitá-las cada vez mais raramente.

 As irmãs sofriam sua ausência e alguns frades acharam que isso era falta de caridade, mas Francisco disse que a finalidade da ausência era "no futuro não haver nenhum intermediário entre Cristo e as irmãs".




Após longa ausência e depois de muitos pedidos das irmãs, num dia Francisco aceitou ir pregar em São Damião.

 Entrou na igreja e ficou um momento de pé, rezando de olhos levantados para o céu. Depois pediu um pouco de cinza. Com ela desenhou um círculo à sua volta e o resto passou na cabeça.

 E então rompeu o silêncio, não para pregar, mas para rezar o Salmo da Penitência (Sl 50).

Depois foi embora, feliz por ter ensinado à Clara e às irmãs que nada mais podiam ver nele do que um pecador que fazia penitência.




Em março de 1225, já muito doente, Francisco visitou Clara em São Damião e manifestou o desejo de ali permanecer, mas a doença exigia tratamentos em outros lugares.

 Foi ali, sofrendo terrivelmente com a doença e o barulho dos ratos que lhe impediam o sono, que explodiu num hino de alegria ao Criador, o "Cântico do Irmão Sol".

Foi no jardinzinho de Clara, e pela última vez, que os dois conversaram. No ano seguinte morreu o pai Francisco e Clara viveu mais 27 anos na paz e na saudade de Francisco.







Clara de Assis, mãe e adoradora






A si própria Clara gostava de se denominar "uma plantinha do bem-aventurado pai Francisco".

Ela nunca deixou os muros do convento de São Damião.

 Designada abadessa (superiora) por Francisco, em 1215, Clara dirigiu o convento durante 40 anos.












Sempre quis ser serva das servas, submissa a todas e beijando os pés das irmãs leigas quando regressavam do trabalho de esmolar, servindo à mesa, assistindo aos que estivessem doentes.

Enquanto as irmãs descansavam, ela ficava em oração e as cobria, caso as cobertas lhes caíssem.

Saía da oração com o semblante tão iluminado que chegava a ofuscar a vista das que a olhavam. Falava com tanto fervor que chegava a inflamar os que mal ouviam sua voz.




A exemplo de Francisco, nutria fervorosa devoção ao Santíssimo Sacramento.

Mesmo quando estava doente e acamada (esteve sempre doente nos últimos 27 anos de vida), ficava confeccionando belos corporais e toalhas para o serviço do altar, que depois distribuía pelas igrejas de Assis.




A força e a eficácia poderosa de sua oração pode ser sentida em 1244, quando o imperador Frederico II atacou o vale de Espoleto, tendo a seu serviço um exército de sarracenos.

Lançaram-se ao saque de Assis, e como São Damião ficava fora dos muros, resolveram começar por ali.













Embora muito doente, Clara fez colocar o Santíssimo num ostensório, bem à vista do inimigo.

E Clara orou com grande fervor, pedindo a Cristo que salvasse suas irmãs do saque e do estupro.












Em seguida, orou pela cidade de Assis. No mesmo instante, o terror se apoderou dos assaltantes, que fugiram em debandada.

 

 

A morte de uma Santa



Clara suportou os longos anos de enfermidade com sublime paciência. Em 1253, teve

início uma longa e interminável agonia. O papa Inocêncio IV deu-lhe duas vezes a absolvição com o perdão dos pecados, e comentou:
"Queira Deus que eu necessitasse de perdão tão pouco assim".










Doente e pobre, as mais altas autoridades da Igreja sentiam sua sabedoria e santidade e vinham aconselhar-se com ela em São Damião.




Durante os últimos 17 dias não conseguiu tomar nenhum alimento. A fé e a devoção do povo aumentavam cada vez mais.

Diariamente cardeais e prelados chegavam para visitá-la, pois todos tinham certeza de que era uma santa que estava para morrer




Irmã Inês, sua irmã, estava presente, bem como os três companheiros de Francisco, os freis Leão, Ângelo e Junípero. Vendo que a vida de Clara estava chegando ao fim, emocionados, leram a Paixão de Jesus segundo João, como tinham feito 27 anos antes, na morte de Francisco.




Clara consolou e abençoou suas filhas espirituais. E, para si, disse: "Caminhas pois tens um bom guia. ó Senhor, eu vos agradeço e bendigo pela graça que vos conceder-me de poder viver'.

E foi recebida na corte celeste. Era Senhora Pobre, tinha 60 anos de vida.




Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV canonizou-a em Anagni. Era o ano de 1255.






Corpo de Santa Clara
mumificado com uma camada de cera.





Basílica de Santa Clara,
Assis


Santa Clara recebida por Francisco e seus irmãos





MILAGRES DE SANTA CLARA, LEIA:





A Virgem Maria e Santas Virgens aparecem
para Clara antes de sua morte











Oração

Ó Deus, 
que na vossa misericórdia atraístes Santa Clara 
ao amor da pobreza, 
concedei, por sua intercessão,
 que, seguindo o Cristo com um coração de pobre,
 vos contemplemos um dia em vosso Reino. 
Por nosso Senhor Jesus Cristo, 
vosso Filho, 
na unidade do Espírito Santo.









Clara com o Santíssimo em oração
expulsa os sarracenos











Bênção de Santa Clara:

O Senhor vos abençoe e vos proteja!

O Senhor faça resplandecer sobre vós a sua face!

O Senhor vos dê sua misericórdia!

O Senhor volva para vós seu olhar e vos dê a paz!

O Senhor derrame sobre vós as suas bênçãos e no céu vos coloque entre os santos!

O Senhor esteja sempre convosco
 e vós estejais sempre com ele!

 Amém!






O Bispo Guido no Domingo de Ramos 
dando  o ramo na mão de Clara como sinal
de que ela pode fugir.




Relíquia dos cabelos de Clara



Clara vendo o corpo morto de Francisco










ORAÇÃO

Deus vinde em nosso auxilio.
Senhor, socorrei-nos e salvai-nos. 

Querida Santa Clara,
 que seguistes de perto São Francisco, 
 na vida de pobreza e no amor ao próximo e de Deus, 
olhai carinhosa para o mundo de hoje, 
tão necessitado de vossa proteção.

Ouvi meu pedido 
e concedei-me a graça que vos peço, com fé e confiança. 

Como verdadeiro necessitado, rogo-vos que me alcanceis de Cristo a saúde espiritual e corporal, para mim e meus familiares. 

Sobretudo, peço a vossa ajuda para o problema que me aflige..... (especificar o problema) 

Atendei-me, Santa Clara,
 pela força que tendes junto a Deus 
e pela fé que me faz buscar vossa proteção. 
 Amém. 














Oração a Santa Clara
 
Pela intercessão de Santa Clara, ó Senhor todo Poderoso
me abençoe e proteja;

volte para mim os seus olhos misericordiosos,
dê-me a paz e a tranquilidade,

e derrame sobre mim suas copiosas graças e,
depois desta vida,

aceite-me no céu em companhia de Santa Clara
e de todo os Santos.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 
 
Amém.

Rezar 1 Ave Maria, 1 Pai Nosso e fazer o Sinal da Cruz.
Relíquias:
túnica de Francisco
vestido da fuga de Clara
túnica de Clara








Frnacisco corta os cabelos de Clara




Milagre de Santa Clara
salva menino de lobo feroz















Santa Clara e Santa Isabel da Hungria




Relíquia : túnica de Santa Clara



Milagre de Santa Clara diante do Papa:
Clara benze os pães e neles aparecem uma cruz.