segunda-feira, 4 de outubro de 2010

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - 07 DE OUTUBRO



A origem da devoção à Nossa Senhora do Rosário é muito antiga, mas sua propagação tomou impulso com São Domingos de Gusmão.

Foi por sua inspiração que São Domingos fez do Rosário sua poderosa arma para combater a heresia dos albingenses, isto no início do século XIII, onde a tal heresia crescia vertiginosamente na França.

Fundou a ordem dominicana e por sua intensa propagação e devoção, a Igreja lhe conferiu o título de “Apóstolo do Santo Rosário”.




 Existem, inclusive, certas versões históricas que afirmam ter Nossa Senhora aparecido a São Domingos segurando o Menino Jesus no colo e oferecendo-lhe o santo Rosário, e cuja propagação e divulgação teria tomado impulso por pedido pessoal de Maria Santíssima.
 
Origem da Festa

Em agradecimento pela vitória da Batalha de Muret, Simon de Montfort construiu o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora da Vitória.

Em 1572 Papa Pio V instituiu "Nossa Senhora da Vitória" como uma festa litúrgica para comemorar a vitória da Batalha de Lepanto.

Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.




 


 A vitória foi atribuída a Nossa Senhora por ter sido feita uma procissão do rosário naquele dia na Praça de São Pedro, em Roma, para o sucesso da missão da Liga Santa contra os turcos otomanos no oeste da Europa.

Em 1573, Papa Gregório XIII mudou o título da comemoração para "Festa do Santo Rosário" e esta festa foi estendida pelo Papa Clemente XII à Igreja Universal.

Após as reformas do Concílio Vaticano Segundo a festa foi renomeada para Nossa Senhora do Rosário.

 A festa tem a classificação litúrgica de memória universal e é comemorada dia 7 de outubro, aniversário da batalha.

Origem do Rosário





A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais.

Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como "Saltério" dos leigos.

Dado que os monges rezavam os salmos (150 salmos), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai-Nossos.

Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria. 
Segundo uma tradição, a Igreja recebeu o Rosário em sua forma atual em 1206 quando a Virgem teria aparecido a São Domingos e o entregou como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores daquele tempo.




Desde então sua devoção se propagou rapidamente em todo o mundo com incríveis e milagrosos resultados.
No ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas.


Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.


O Rosário

A palavra Rosário significa 'Coroa de Rosas'.


É uma antiga devoção católica que a Virgem Maria revelou que cada vez que se reza uma Ave Maria lhe é entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas.



A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário de todas as devoções é, portanto, tido como sendo a mais importante.

O Rosário é uma oração em honra da Santíssima Virgem Maria formado tradicionalmente por três terços.




Recentemente houve o acréscimo de mais um terço pelo Papa João Paulo II.
Cada terço compreende cinco mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Nossa Senhora.
Os mistérios são formados basicamente por um Pai-Nosso e dez Ave-Marias.
Cada mistério recorda uma passagem importante da história da salvação, e cada terço é constituído por cinco mistérios.




Oração e Meditação

A meditação de cada mistério acha sua base na Sagrada Escritura: é opcional a leitura do trecho que narra o que será contemplado, ou a divisão de um ou mais trechos em dez pedaços, de forma que seja lido parte a parte antes de cada Ave-Maria.

Em sua maioria, as leituras são dos Evangelhos, mas também há trechos do Antigo Testamento que ajudam a compreender o que se passa na ocasião, ou comentários doutrinários sobre elas contidos nas epístolas.



Os dois últimos mistérios (Assunção e coroação) não são do Evangelho, mas profetizados: por exemplo, no Livro de Judite, uma mulher salva o povo; nos Salmos, há freqüentes elogios a uma figura feminina, presentes também no Cântico dos Cânticos; e, definitivamente, no Apocalipse, um sinal nos céus apresenta uma mulher como Rainha, que a Tradição Apostólica, desde os primeiros tempos, afirmou tratar-se de Maria.


Os terços e seus "mistérios"
Mistérios Gozozos ( Segundas e sábados)


Esses mistérios são:


1° a "A Virgem Maria foi saudada pelo anjo e lhe foi anunciado que havia de conceber e dar à luz Cristo, nosso Redentor (Lc 1,26-39);

a Visitação de Maria a sua prima, Isabel;

3º o Nascimento do Filho de Deus;

4º a Apresentação do Menino Jesus no Templo ou a Purificação de Maria;

5º a Perda e o reencontro do Menino-Deus no Templo.

Mistérios Luminosos (quintas-feiras)



São aqueles acrescentados há pouco tempo pelo Papa João Paulo II e abordam a vida do Filho de Deus, seus milagres, pregações e feitos importantes:


1º O Batismo de Jesus no rio Jordão (Lc 2,41-50);

2ºAuto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2,1-12);

3º o Anúncio do Reino de Deus e convite à conversão (Mc 1,15; Lc 7,47-48 e Jo 20,22-23);

4º a Transfiguração (Lc9,35);

5º a Instituição da Eucaristia (Jo 13,1).

Mistérios Dolorosos (terças e sextas-feiras)




Neles medita-se a Paixão e Morte do Senhor, da mesma forma divididas em cinco mistérios:



1º a Agonia do Senhor no Horto das Oliveiras;

2º a Flagelação de Jesus;

3º a Coroação de espinhos;

4º Jesus carregando a Cruz até o Calvário;

5º a Crucificação e morte do Senhor.

Mistérios Gloriosos (quartas-feiras e domingos)



1º a Ressurreição de Jesus

2º a gloriosa Ascensão do Senhor aos céus

3º a Vinda do Espírito Santo

4º a Assunção da Virgem Maria aos céus;

5º a Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céus e da Terra.

Forma de rezar o Santo Rosário de Nossa Senhora






 
O terço (no sentido de objeto usado para contar as orações) é formado por contas grandes e pequenas.

Após cada dezena de contas pequenas, há uma grande, e assim, cinco dezenas.

O fio no qual ficam as contas dá uma volta, ficando a quinta junto à primeira dezena, preparando para iniciar um novo terço.

Antes da contemplação dos mistérios, há uma parte inicial constituído por duas contas grandes, três pequenas e um crucifixo.

Existem algumas variações nas formas de se rezar o terço, de acordo com as devoções religiosas, mas em geral se faz da forma seguinte:

Antes, porém, do início da oração, convém fazer a Invocação do Espírito Santo e o Oferecimento do terço/Rosário.







Segurando a cruz, se faz o "Sinal da Cruz" e reza-se o Creio.

Reza-se um Pai-Nosso e três Ave-Maria, seguido do Glória.
Depois do Glória pode ser acrescentado algumas jaculatórias.
Nas contas grandes, começam-se os mistérios com o Pai-Nosso.

Nas contas pequenas, rezam-se as Ave-Marias.

Ao final de cada dezena reza-se o Glória. Podem-se, também, acrescentar jaculatórias entre o Glória e o Pai-Nosso.

Costuma-se rezar a Ó meu Jesus e pedir a intercessão do/a(s) santo/a(s), Nossa Senhora e/ou pessoa da Santíssima Trindade a que o terço se dedica, por exemplo: Divino Espírito Santo, tende piedade de nós, Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós, Santo Expedito, rogai por nós.

Nos terços pelas almas do Purgatório, reza-se também o Requiem.

Por fim, reza-se a Salve Rainha, antes da qual é facultativa a Infinitas graças vos damos.

Estas orações são acrescentadas de acordo com costumes e devoções locais, mas não fazem parte integrante do Rosário.

Enquanto se faz a oração vocal medita-se ou contempla-se a passagem do respectivo mistério.

Após o terço, costuma-se rezar também a Ladainha de Nossa Senhora, que é uma seqüência de invocações à Nossa Senhora.
Costuma-se rezar diariamente um desses conjuntos de cinco mistérios.

A Igreja, reconhecendo a importância dessa prática de piedade, concede indulgência plenária a quem reza o terço em família, nas condições habituais.




O dia 7 de outubro é dedicado à Virgem do Rosário. "O Rosário - diz Bento XVI - é o meio que nos dá a Virgem para contemplar a Jesus e, meditando sua vida, amá-lo e seguí-lo sempre fielmente".

O uso do terço





No dia a dia, o uso do terço pode ser visto em casamentos, protegendo, segundo a tradição católica, o sacramento matrimonial, e como acessório, geralmente amarrado no pulso ou pendurado no pescoço.

Muitos fiéis defendem o uso do terço como uma espécie de proteção.

A Igreja não condena a popularização do terço como adorno desde que o símbolo não seja associado a atos que contradigam as leis bíblicas.




Documentos pontifícios

Em todos os tempos os papas aconselharam a prática da devoção do Santo Rosário.
Nos últimos dois séculos foram publicados os seguintes documentos sobre esta devoção:

 

Rosarium Virginis Mariae (16 de outubro de 2002): Carta Apostólica de João Paulo II.

Marialis Cultus (2 de fevereiro de 1974): Exortação Apostólica de Paulo VI.

Christi Matri (15 de setembro de 1966): Carta Encíclica de Paulo VI.

Grata Recordatio (26 de setembro de 1959): Carta Encíclica de João XXIII.

Ingruentium Malorum (15 de setembro de 1951): Carta Encíclica de Pio XII.

Magnae Dei Matris (8 de Setembro de 1892): Carta Encíclica de Leão XIII.

Superiore Anno (30 de agosto de 1884): Carta Encíclica de Leão XIII.

Supremi Apostolatus Officio (1 de setembro de 1883): Carta Encíclica de Leão XIII.

 
 
 
 
 
 

 










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