terça-feira, 18 de setembro de 2012

SANTO EUSTÁQUIO - PATRONO DOS CAÇADORES E INVOCADO CONTRA O FOGO TEMPORAL E ETERNO - 20 DE SETEMBRO












Santos Eustáquio e
companheiros, Mártires.
(+ Roma, sécs. I-II)
 
            Segundo antiga tradição, nos tempos do imperador Trajano, em data não muito determinada, sofreram o martírio Santo Eustáquio, que tinha sido um dos mais prestigiosos e heróicos generais do Império, sua esposa Santa Teopista, e os dois filhos do casal, Santos Agapeto e Teopisto. 

Foram todos colocados dentro de uma estátua de metal com forma de touro, aquecida em brasa.


Santo Eustáquio (ou Eustácio) é um lendário mártir e santo militar cristão, que alegadamente terá vivido no final do século I e inícios do século II da nossa era. 

Tal como muitos outros santos, há poucas provas da existência de Eustáquio; alguns elementos da sua história estão, de resto, presentes nas vidas de outros santos (como São Huberto).
Era festejado pela Igreja Católica no dia 20 de Setembro, mas a Igreja deixou de observar esta data desde que, em 1969, o Papa Paulo VI removeu do calendário litúrgico inúmeros santos que careciam de documentação histórica conveniente.


Vida e obras


 





Antes da sua conversão ao cristianismo, Eustáquio era um general romano de nome Plácido (latim: PLACIDVS) ao serviço do imperador Trajano. 

Enquanto caçava nas proximidades de Roma, Plácido teve uma visão de Jesus entre os anjos. Acto contínuo, converteu-se, fez-se baptizar a si e à sua família, e mudou o seu nome para o grego Eustachion (com o significado de «boa fortuna»).

Uma série de calamidades abateram-se sobre o recém-convertido e a sua família para testar a sua fé: foi roubado, a sua esposa raptada pelo capitão do navio onde seguia e, por fim, ao atravessar um rio, os seus dois filhos foram levados, um por um lobo, outro por um leão. 

Tal como Jó, Eustáquio lamentou-se, mas não vacilou nem perdeu a fé.

Acabaria por recuperar o seu prestígio, cargos e reunir a família; porém, quando demonstrou a sua nova fé ao recusar-se a fazer um sacrifício pagão, o imperador Adriano condenou Eustáquio, a esposa e os filhos à morte, ordenando que fossem cozinhados vivos dentro de um touro de bronze, no ano de 118.



 



Cena da conversão e martírio de Santo Eustáquio







Devoção

A história tornou-se popular graças à Legenda Áurea de Jacopo de Voragine (c. 1260) e Eustáquio tornou-se santo patrono dos caçadores, sendo também invocado em tempos de adversidade; foi incluído entre os catorze santos auxiliares.
A ilha de Sint Eustatius, nas Antilhas Neerlandesas, foi assim chamada em sua honra.






 




 Santo Eustáquio chamava-se Plácido e sua esposa Tatiana, antes de se converterem  ao Cristianismo.

 Plácido foi um general que viveu em Roma na época do imperador Trajano (98-117). 

Ainda pagão, Plácido era notavelmente virtuoso e tinha um amor especial para com os pobres. Vendo sua natureza bem intencionada, Deus se revelou a ele como havia feito com São Paulo. 




 




Certo dia, caçando na floresta, Plácido apanhou um grande cervo e, entre seus chifres viu uma cruz mais brilhante que o sol na qual se lhe revelou a face de Cristo.




 Ouviu ainda uma voz que lhe disse: 

 «Plácido, por que me persegues? Eu sou o Cristo, a quem, inconscientemente, tens honrado com tuas boas obras. 

Eu vim ao mundo como homem para salvar a humanidade, e como tal, mostro-me hoje a ti para acolher-te na rede do meu amor pela humanidade». 



 





 Assombrado e aterrorizado, Plácido caiu de seu cavalo e permaneceu inconsciente por várias horas. 







A veracidade de sua visão foi indubitável quando Cristo lhe  apareceu uma segunda vez e lhe deu a conhecer que é Deus por natureza, que fez o céu e a terra, e que por seu amor à humanidade, assumiu como própria a nossa natureza humana. 




 





Plácido ,então, acreditou do fundo de seu coração, e se fez batizar juntamente com sua esposa e filhos, recebendo todos eles novos nomes cristãos.




 Os pais passaram a se chamar Eustáquio e Teopista, e seus dois filhos, Agapito e Teopisto.
 
Encontrando em Eustáquio a virtude que provém da fé, o Senhor novamente se mostrou a ele dizendo-lhe das tribulações que o diabo usou para com Jó, e que também a ele estas coisas poderiam acontecer, mas, que a divina graça estaria com ele. 

E, um pouco adiante Eustáquio perdeu todos os seus bens e decidiu então embarcar para o Egito com sua esposa e filhos.

 O capitão do barco, desavergonhado e licencioso, capturou sua esposa no momento em que ele desembarcava seus filhos.



 







 Com lágrimas nos olhos Eustáquio prosseguiu seu caminho e, enquanto atravessava um rio, um lobo e um leão afugentaram seus filhos, ficando Eustáquio solitário e arruinado, mas firme em sua fé e com sua esperança voltada no Senhor. 

Ele, que já havia sido um notável membro da nobreza romana, agora perambulava de um lugar a outro, tendo a mesma paciência de Jó e vivendo de trabalhos eventuais. 

Finalmente estabeleceu-se num lugar chamado Badissos cuidando de um jardim, não muito longe de onde seus dois filhos, que haviam sido resgatados por alguns pastores, cresciam sem saber do pai.
Quinze anos mais tarde, os bárbaros tinham feito cativa sua esposa Teopista, preparavam-se para invadir em massa o império; os romanos não encontraram um general suficientemente hábil que pudesse enfrentar ao ataque.

 O Imperador lembrou-se então das muitas vitórias e do grande valor de Eustáquio, e mandou que o buscassem. 

Quando se apresentou na corte, mal era possível reconhecê-lo, pois a pobreza e a miséria haviam deixado suas marcas em seu semblante. 



 






O imperador lhe restituiu a sua posição e posses, dando-lhe também o comando da Legião. 

E, com a ajuda de Deus, afastaram para longe os bárbaros.  

Durante a campanha Eustáquio reencontrou a sua esposa e filhos e pode provar que sua paciência não ficou sem recompensa nesta vida.

Em seu retorno triunfal a Roma, Adriano, o novo imperador, o encheu de presentes e perguntou-lhe se, em agradecimento por sua vitória, iria oferecer um sacrifício aos ídolos. 

Eustáquio respondeu que sua vitória pertencia somente a Cristo e não a poderes imaginários de falsos deuses. 

Esta resposta enfureceu o tirano e, novamente, todos os seus bens foram confiscados e sua esposa e filhos foram levados como comida aos leões famintos, mas os animais não se atreveram a tocá-los, sentando-se, com reverência, diante deles. 


 





Os santos foram então jogados num caldeirão cheio de bronze fervente (outras lendas dizem que foram cozinhados numa estátua de boi de bronze) onde entregaram suas almas a Deus sem que seus corpos sofressem qualquer alteração.

 Isto produziu grande assombro aos pagãos, e grande alegria aos fiéis que, por estes sinais reconheceram que a graça de Deus habitava aqueles corpos dos santos mártires, e neles permaneceu como conforto no sofrimento. 

Que suas intercessões sejam também com todos nós!






 
Que através da intercessão de Santo Eustáquio, 
o Senhor nos dê paciência na adversidade.



Interceda por nós, ó Deus,
 o mártir Santo Eustáquio,
 para que guardemos fielmente e
proclamemos em nossas obras
 a fé que ele testemunhou com o seu sangue.

 Por nosso Senhor Jesus Cristo,
 vosso Filho,
 na unidade do Espírito Santo.





 

Por intercessão de vossos mártires que, carregando a cruz, seguiram vossos passos,  
 dai-nos, Senhor, suportar com coragem as dificuldades da vida.









 "Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós
mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. "

 2Cor 1,4









São Jorge, a cena do nascimento do Senhor e Santo Eustáquio


A visão de Santo Eustáquio



 A visão de Santo Eustáquio 




A visão de Santo Eustáquio





"Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa
consolação por Cristo."
2 Cor 1,5




Santo Eustáquio,
 protetor contra a discórida familiar,
 orai pela união de nossas famílias em Cristo Jesus. 
Santo Eustáquio,
orai por nós!




Santo Eustáquio, 
invocado contra o fogo temporal e eterno, 
orai por nós!








FONTES:







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